sábado, 23 de agosto de 2025

COP30 em Belém: Falta de estrutura ou estratégia de sabotagem?

 COP30 em Belém: Falta de estrutura ou estratégia de sabotagem?




A Amazônia sediará a COP30 em 2025. Belém, capital do Pará, foi escolhida como anfitriã oficial. Mas o que deveria ser símbolo de protagonismo climático global pode acabar se tornando um retrato do fracasso coletivo em lidar com a emergência climática — e, pior, talvez não seja por acaso.


Belém está (des)preparada?





Não há rede hoteleira suficiente para acomodar delegações.


O transporte público é precário.


O saneamento básico é insuficiente.


Os eventos climáticos extremos (calor, chuvas torrenciais, alagamentos) se intensificam a cada ano.


Enquanto isso, a preparação da cidade segue sem transparência, participação popular ou planejamento estratégico. A impressão é que se improvisa uma cidade-cenário para um evento que será blindado da realidade local.


A pergunta incômoda: estão sabotando a COP30?


É preciso considerar uma hipótese política: e se o despreparo não for só negligência, mas uma forma de sabotagem institucionalizada?


Um evento em um local sem infraestrutura:


Dificulta a presença de representantes da sociedade civil, povos indígenas e movimentos sociais.


Restringe a participação a elites diplomáticas e empresariais.


Cria um ambiente despolitizado, controlado e superficial.


A COP30 pode ser sequestrada por interesses que falam de “transição verde”, enquanto promovem novas formas de greenwashing — com marketing ambiental e pouca transformação real.


Belém: ponto de encontro de múltiplos “tipping points” ambientais


Escolher Belém para sediar a COP30 deveria significar muito mais do que uma decisão geográfica ou simbólica. A cidade é, na prática, uma zona crítica de convergência de crises globais, pois concentra manifestações locais de pelo menos cinco dos nove tipping points ambientais globais já reconhecidos pela ciência:


🌳 1. Colapso da floresta amazônica


O desmatamento avança no entorno urbano e rural de Belém. A fragmentação de florestas em ilhas verdes aumenta a vulnerabilidade ecológica e acelera a savanização.


🌊 2. Elevação do nível do mar


Belém já sofre com inundações constantes em bairros de baixa altitude. A elevação do nível do rio Guamá e da Baía do Guajará impacta diretamente comunidades ribeirinhas e urbanas.


💧 3. Disfunção no ciclo hidrológico amazônico


A destruição florestal compromete os “rios voadores” — massas de umidade que regulam o clima do continente. Isso afeta diretamente o regime de chuvas da região.


🌡️ 4. Ilhas de calor urbano


O crescimento desordenado e a perda de cobertura vegetal tornam Belém uma cidade cada vez mais quente, com impactos diretos na saúde pública (doenças respiratórias, cardiovasculares e aumento da mortalidade de idosos e crianças).


🌱 5. Erosão da biodiversidade


Belém, outrora um berço de biodiversidade urbana, perde a cada ano espécies de fauna e flora por conta da poluição, da impermeabilização do solo e da expansão urbana sem critérios.


Transformar ou encobrir?


É inadmissível que uma cidade com esse grau de complexidade ambiental seja tratada como palco cenográfico.


Belém poderia ser um laboratório vivo de soluções sustentáveis baseadas na natureza, na ciência local, na agroecologia urbana, nos saberes dos povos originários. Mas corre o risco de ser maquiada para a câmera e abandonada depois da foto oficial.


A COP precisa ser da Amazônia, não sobre ela


É urgente:


Garantir infraestrutura justa e acessível, não apenas “vistosa”;


Incluir as vozes amazônicas em todos os níveis do evento;


Fazer da COP um momento de inflexão real, e não de propaganda vazia.


Porque Belém não está apenas em risco — ela é um espelho do que está por vir no planeta inteiro se não tomarmos outro rumo.




segunda-feira, 11 de agosto de 2025

La parte mas profunda del rio Amazonas son sus comunidades humanas

 


    El canal principal del rio Amazonas frente de Leticia hasta hace un tiempo tenia la mayor profundidad, cerca de 20 a 50 metros, y esa mayor profundidad del canal del rio es segun tratados entre Peru y Colombia el limite de los dos paises, asi Santa Rosa seria una isla peruana porque esta al sur del canal mas profundo del rio Amazonas, con el processo de migracion natural de dinamica fluvial del rio Amazonas de norte a sur, el canal mas profundo del rio se localiza ahora al extremo sur de la isla de Santa Rosa dejando la isla al norte de ese canal mas profundo y por eso teoricamente localizandose dentro del territorio de Colombia. 

    La realidad es que sobre la isla de Santa Rosa hay una ocupacion de ciudadanos peruanos con escuela, puesto de salud, servicio de policia y migracion, que en un momento ocuparon terreno peruano, pero que ahora se localiza en territorio que deberia ser asignado a Colombia para mantener el criterio de que el limite entre Colombia y Peru esta en la linea mas profunda del canal del rio Amazonas. 

    Solo que esa linea de profundidad que puede ser medida haciendo una batimetria con sonar desde un barco finaliza en areas de frontera seca o de tierra firme entre Brasil y Colombia, rehacer el limite entre Colombia y Peru trae la necesidad de redefinir la linea de la triple frontera entre Brasil, Colombia y Peru. La creacion de un distrito administrativo en la isla de Santa Rosa es respuesta peruana a las necesidades de esos pobladores por servicios publicos muy bien intencionado pero que acaba generando la necesidad de redefinir esos limites.

     La ultima revision de las fronteras entre Colombia, Brasil y Peru genero el Plan de Zonificacion Ambiental del eje Tabatinga Apaporis PAT en 1997 en el caso de Brasil y Colombia, y el  Plan para el Desarrollo Integral de la Cuenca del Río Putumayo -PPCP, en 1998, que demuestra que estos eventos son una gran oportunidad para revisar y mejorar cooperativamente las condiciones de vida de las comunidades que viven en estas areas transfronterizas.