A manga, mangueira, mango, 芒果 , आम (ām), مانجو , segundo De Candolle é impossível contestar a origem da manga no sul da Ásia ou no arquipélago Malaio onde existem antigos nomes populares e ate em sânscrito (amra). A manga encontrasse selvagem nas florestas de Sri Lanca, áreas ao pé do Himalaia, nas ilhas Andaman no golfo de Bengala. Paulo B. Cavalcante em 1991, cita quatorze variedades de manga identificadas nos mercados populares da cidade de Belém do Para o que contradiz as afirmações sobre a baixa seleção aplicada pela população amazônica nesta arvore frutífera.
Quem for para Belem a COP30 e dar um paseio a pe, podera observar a leí não escrita sobre a posse das frutas que existe em áreas interioranas do estuário amazônico também é aplicada e seguida a risca dentro da cidade. “Respeito da posse de objetos como a terra ou as frutas ou qualquer objeto na comunidade existe uma lei [não escrita] que diz que “a fruta [ou coisa] que cai quem passar pode pegar, e a fruta [ou coisa] que seja de apanhar as pessoas tem que pedir obediência [permissão] para os donos dela.
Isto indica que, por exemplo, áreas onde tem havido trabalho de roça recente são de posse da pessoa que fez a roça e na medida que deixa de ser “roça de apanhar” e passa a ser “roça de cair” a posse é paulatinamente coletivizada, uma roça de cair na verdade é capoeira com diferentes graus de desenvolvimento.”
Uma situação que responde a esta ‘legislação não escrita” sobre as mangueiras foi observada foi a atitude de dois jovens de cerca de 18 anos, que indo numa bicicleta deteram-se para pegar uma fruta de manga do solo na avenida Quintino Bocaiúva no centro da cidade de Belém esse mesmo dia de Setembro de 2003.
A queda de frutas de manga é algo recorrente nas ruas da cidade de Belém, isto ha quase duzentos anos desde a introdução das arvores na arborização urbana por Landi. os dois rapazes morenos de aspecto humilde sem camisa e de calça curta velha denotando o aspecto de pedreiros começaram a sorrir de felicidade e pararam a bicicleta correndo para pegar a fruta do solo pondo ela dentro da sacola de objetos que levavam, e continuando sua viagem em direção a fora do centro alto e valorizado da cidade.
Um ano atrás em 2002, foi observado o comportamento de uma pessoa extremamente humilde que vestia um calca curta toda rota e despedaçada que coletava frutas de manga diretamente das arvores da avenida Gentil Bittencourt. Esta avenida esta delimitando o centro alto e valorizado da cidade da periferia baixa e menos valorizada. Ele usava um saco de plástico de 60 kg e tinha quase 100 frutas guardadas na parte alta da arvore de manga com a intenção de vender elas no mercado. Este neo-extrativista urbano mostro ao pesquisador quanto a não modernidade e a ruralidade da formação estrutural do estuário amazônico permeavam um meio supostamente urbano como o bairro Nazaré, o mais nobre da cidade de Belém.
Tambem foi observado bem enfrente da Asembleia paraense um clube de elite no bairro de Batista Campos de Belem como um homem elegantemente vestido descia de um carro importado para pegar uma manga como se fosse uma joia ou uma barra de ouro, este homem branco muito bem vestido entrou no seu carro de vidro fume feliz de ter achado um tesouro que depois mostraria para sua familia em alguma cobertura da Doca de Souza Franco.
Assim os asistentes a COP30 que andarem a pe pelas calçadas e praças de Belem poderão quem sabe observar e bater uma foto ou ate um video desse neo extrativismo urbano praticado por cidadaos de todas as classes sociais da "Cidade das Mangueiras"
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