terça-feira, 24 de abril de 2012

A OBRA DE BRUNO LATOUR: A MODERNIDADE E A MODERNIZAÇÃO NO BRASIL E NA AMAZÔNIA(1)

A procura da verdade, o dever ser e a autenticidade


 1. O SUJEITO COMO OBJETO: BRUNO LATOUR COMO OBJETO DE  INDAGAÇÃO

Técnica para o Patrício, 
Técnica para a Massa, 
Técnica do Patrício para a Massa, 
Técnica da Massa para o Patrício,
 Técnica para a Técnica. 
C.Torres, Belém do Pará ,2003


Bruno Latour nasceu em 1947 em Beaune na Borgonha francesa, no meio de uma família de cultivadores de uvas. Recebeu treinamento na área de filosofia e antropologia. Depois de fazer estudos de campo na África e Califórnia Latour se especializou na analise do trabalho de cientistas e engenheiros. Além de trabalhos em filosofia, historia, sociologia e antropologia da ciência, ele tem ajudado em muitos estudos em políticas da ciência e gestão da pesquisa. Ele escreveu “... Laboratory Life the construction of scientific facts (Princeton University Press), Science in Action, and The Pasteurization of France (both at Harvard University Press)”, os dois primeiros livros já traduzidos ao português. 


Ele também publicou um estudo sobre o sistema de metro automatizado “Aramis” ou o amor da tecnologia e um ensaio sobre antropologia simétrica “We have never been modern”, os dois com a editora de Harvard e traduzidos em quinze linguagens incluído o português. Ele também publicou com a editora de Harvad a serie de ensaios “Pandora's Hope:Essays in the Reality of Science Studies.”. Este autor se debruça sobre resultados que os estudos da ciência tem obtido acerca de vários assuntos tradicionais da ciência social como a religião e o culto moderno aos“deuses fatiches”, a linguagem religiosa e, também, a teoria social com o uso de ensaios fotográficos sobre aspectos técnicos e sociais da cidade de Paris. Depois de haver dirigido varias teses em ambientes de crise, ele decide publicar um livro sobre a filosofia política dos ambientes da Política da Natureza , publicado pela Harvard University Press. 


Depois de um longo trabalho de campo numa das cortes superiores da França, ele publicou um trabalho sobre uma “Fabrica do Direito” que é monografia sobre o Conselho de Estado desse país. Desde 1982 tem sido professor no “Centre de sociologie de l'Innovation at the Ecole nationale supérieure des mines in Paris” e por várias vezes, professor visitante no UCSD no “London School of Economics and in the history of science department of Harvard University.” Depois de haver sido o curador da mostra “Iconoclash”, ele esta preparando outra exhibição no ZKM junto a Peter Weibel "Making Things Public" que deve abrir em 2005.


Os olhos da razao
 2. O QUE DIZ LATOUR SOBRE A MODERNIZAÇÃO DO MUNDO

Antropólogo, sociólogo e filósofo, Bruno Latour é um dos mais importantes pensadores contemporâneos. Acostumado a provocar polêmicas, suas obras geralmente não respeitam os limites estreitos da divisão acadêmica do conhecimento, recusando-se a conformar-se a compartimentos estanques e bem definidos. A Socio-antropologia praticada por Latour ocupa um lugar especial no quadro desta interdisciplina e é emblemática da proposta de seu autor.


 O sociólogo concentra seu olhar privilegiado sobre a Modernidade e a Modernização na noção multiforme de crença e verdade, procurando intensificar o diálogo entre os que falam de fatos e os que falam de fetiches. O título do original grafa fatiche, termo sem equivalente em português, que propõe um jogo sutil com os significados de dois fonemas quase idênticos em francês fait (feito, fato) e fétiche (fetiche), que se procurou destacar na tradução, ainda que tenha sido impossível repetir a sonoridade francesa. Assunto tratado no livro, lançado no Brasil pela EDUSC – Editora da Universidade do Sagrado Coração DE Santa Catarina. O enfoque de Latour, para a análise da Modernidade e a Modernização baseado na Sociologia das ciências e na Antropologia simétrica, é desenvolvido com a cautela própria dos estudiosos experientes propondo problemas e discutindo possíveis soluções para uma questão central do conflito entre Modernidade e Não Modernidade: Como falar simetricamente de nós [Norte - Ocidente] como dos outros [Sul- Oriente], sem acreditar  nem na razão nem na crença, e respeitando ao mesmo tempo os fetiches e os fatos, que nos constituem?

Bruno Latour imageticamente indica como devem ser realizadas entrevistas sobre a realidade dos estudos científicos e em geral sobre a realidade da Modernização
Ocidental.3 Com a realização de perguntas por fora dos contextos de produção destas realidades. Ir num lago belo e tranqüilo para perguntar sobre a ciência dura e sua legitimidade, não fazer a entrevista no laboratório. Uma outra recomendação é o enmascaramento do entrevistador ou da situação estudada, onde esta não é tomada como objeto de estudo, e sim como algo lúdico, ou algo pouco importante para o pesquisador. A espectacularização da situação pode produzir revelações sobre a realidade destas praticas sobre verdade, a troca, o dever e a autenticidade. De forma estranha a fotografia ajuda a conseguir este “efeito” de enmascaramento. Fotografar o moderno ou o não moderno.2

Latour na sua obra afirma que, as rupturas que o processo da modernização crio entre os mundos da vida humana e natural, e suas esferas foram produzidas para “separar” e “manter” quotas de poder de grupos, e que estas esferas e suas praticas de legitimação devem ser olhadas como praticas de manutenção do poder. Ele afirma ainda que estas práticas de legitimação da modernização devem refletir-se no trabalho de campo quotidiano. Por exemplo, a existência de alimentos dos Patrícios de uma sociedade, e alimentos da massa da sociedade. Por exemplo a manga Tommy importada do Nordeste e vendida nos supermercados, representa isso com relação à manga Bacuri nativa e vendida nas ferias livres, no estuário amazônico. 


De esta prática de legitimação fazem parte os “fatiches” que são misturas de fato e fetiche, de mundo não humano e mundo humano. Um fato como a venda de uma fruta de manga num supermercado esta fusionado
com um fetiche, que é a marca de uma Cooperativa de produtores colada à fruta, que pretende mostrar uma suposta qualidade de origem da fruta, o que permite cobrar “um preço” maior pela fruta estampado num código de barras. Assim aceitaremos o que Latour diz sobre que “não existe nenhuma realidade sem representação” (p.346) reafirmando a necessidade de reunir os objetos e os sujeitos na descrição da sociedade. Outra orientação importante proposta por Bruno Latour é a necessidade de entender que estas situações de pesquisa sobre a modernidade devem ser “vivências” do pesquisador onde a objetividade do “cientista” e substituída pela “objetividade subjetivada” do pesquisador que vive a experiência. 


Como Bruno Latour diz se deve ser ambidestro para conseguir reunir as dois coisas contidas no momento de reconstituir o mundo. O que se pretende entender com este método é, como e porque o ser humano põe o mundo a sua escala de vivência e representação construindo uma realidade padronizada. Segundo palavras de Latour “pôr o mundo em palavras” Da mesma forma como o ar condicionado padroniza o ar da sala onde foram escritos estes textos dentro de uma universidade pública da cidade de Belém do Pará. Para isso Bruno Latour indica uma visão imagetica desta construção da modernidade, que quando não for desenvolvida pelo pesquisador, pode ser construída com o uso da fotografia. O “Ato Fotográfico” permite segundo Latour, enquadrar o momento da posta em escala humana do mundo. A representação na forma de mapas e cartografias, segundo Latour, também ajuda a este processo. Para Latour o momento da vivência da modernidade se produz quando duas inscrições da realidade acontecem e se enfrentam uma com outra, um mapa e uma fotografia, uma musica e uma narração oral, a boca com a comida, gerando o “dialogo da realidade com se mesma”.

Mas para seguir o processo de modernização, somente é possível obter imagens e inscrições de sua conflitiva constituição em locais onde seguindo a Latour, “a ciência não e mistura bem é onde é mais necessária” . Seria algo assim como captar o “Sorriso do Mundo” no interlúdio entre sua dimensão natural e humana.



A rede
 3. A CRISE DO PROCESSO DE MODERNIZAÇÃO NA AMAZONIA: A REDE SOCIOTECNICA DA BIODIVERSIDADE
 

As teses de Latour podem contribuir a iluminar a crise do processo de modernização na Amazônia com o uso da idéia da rede sociotecnica da biodiversidade. Latour (1994 p.7) expõe uma crise derivada da crise geral do processo de modernização, onde as ciências da sociedade e da natureza não conseguem isoladas uma da outra fazer sentido de acontecimentos que ele nomeia como “híbridos”, onde se misturam caoticamente fatos de conhecimento cientifico, ações sociais e interpretações culturais de um ou outro acontecimento. “O mesmo artigo [jornalístico] mistura, assim reações químicas e reações políticas”. 

Para reatar o Nó Gordio da separação entre os fatos híbridos, as ciências naturais e humanas que pretendem explica-los e os sujeitos que fazem isto. Este autor propõe que se deve atravessar, tantas vezes forem necessárias, o corte que separa os conhecimentos naturais e o exercício do poder. Os pesquisadores e intelectuais [eu dentro deles] são híbridos, instalados precariamente no interior das instituições cientificas, meio engenheiros, meio filósofos, um terço instruídos sem que o desejassem; optam por descrever as tramas onde quer que estas os levem. O meio de transporte é a noção de tradução ou de rede (LATOUR, 1997, p.9), como já se viu mais flexível que a noção de sistema, mais histórica que a de estrutura, mais empírica que a de complexidade, a rede é o fio da meada destas historias confusas, agindo na perspectiva de um observador interno (ANDRADE, 2000). 

Este autor mostra como “estes trabalhos continuam sendo incompreensíveis porque são recortados em três segmentos de acordo com as categorias usuais dos críticos. Ou dizem respeito à natureza, ou à política, ou ao discurso” (LATOUR1994, p.9), da mesma forma os trabalhos sobre a organização do mundo da vida natural e da diversidade da vida situam-se incomodamente em meio dos campos da antropologia, o direito, a sociologia rural, a ecologia humana, a ecologia de comunidades, sem conseguir fazer a massa crítica necessária que permita entender a diversidade por se mesma e não como um caso especial de um destes campos acadêmicos. 

O autor propõe um certo tipo de reflexão e interpretação nova que não diga respeito à natureza ou ao conhecimento, às coisas-em-si, mas antes a seu envolvimento com os coletivos e com os sujeitos, as coisas-para-se. Não se fala do pensamento instrumental, mas sim da própria natureza da sociedade (LATOUR, 1994, p.9). Seria  necessário neste caso mapear a rede sociotecnica do uso das espécies além das tramas tecidas pelas técnicas e as ciências naturais, por fora do puro pensamento instrumental calculista tão criticado pelos cientistas humanos, e dentro da política e das procuras e criações de significado que a sociedade desenvolve para fazer sentido de sua realidade. 

Assim descrevendo a organização do uso das espécies na Amazônia, estar-se-ia estudando o desenvolvimento da região acoplando às espécies com a comunidade humana, os instrumentos, as praticas que pouco lembrariam o calculo instrumental dos engenheiros e cientistas, mais uma ação orientada politicamente que procura criar significado para a comunidade humana que usa a diversidade da vida natural e humana. O autor diz “mas então é política? Vocês reduzem a verdade cientifica a interesses e a eficácia técnica a manobras políticas?” (LATOUR, 1994, p.10) Ou o que é o mesmo as verdades cientificas sobre a diversidade da vida amazônica e seu uso futuro seriam reduzidas a manobras políticas, seguindo a crítica que Vayda (1999) faz para a relação entre uma ecologia politizada e uma política ecologizada. 

O autor (LATOUR, 1997, p.10) chama a atenção que “não estamos falando do contexto social e dos interesses de poder, mas sim do envolvimento do contexto social e das relações de poder nos coletivos e nos objectos. A organização da marinha americana será profundamente modificada pela aliança feita entre seus escritórios e suas bombas” E termina dizendo “a cada vez, tanto o contexto quanto a pessoa humana encontram-se redefinidos”. Assim caberia perguntar-se como se envolvem os contextos sociais e políticos de uma localidade amazônica com seus objetos e seus coletivos, com seus biotopos, espécies vegetais e famílias humanas.

Assim ao mapear as redes sociotecnicas do uso das espécies vegetais estar-se-ia analisando a suficiência alimentaria de uma comunidade humana e da estratégia de uso da diversidade da vida, como também de uma retórica de sucesso ou fracasso para os membros de uma comunidade local amazônica que pela sua vez liga-se à natureza dessa diversidade da vida e a inserção social dessa diversidade na comunidade e em contextos espaciais, materiais e temporais mais amplos, como a cidade de Belém. O autor diz também que “É verdade, entretanto que se trata de retórica, estratégia textual, escrita, contextualização e semiótica, mas de uma nova forma que se conecta ao mesmo tempo à natureza das coisas e ao contexto social, sem, contudo reduzir-se nem a uma coisa nem a outra” (LATOUR, 1994). 


O autor afirma que a vida intelectual atual é mal construída. “A epistemologia, as ciências sociais, as ciências do texto, todas tem uma reputação, contanto que permaneçam distintas. Caso os seres que você esteja seguindo atravessem as três, ninguém mais compreende o que você diz. Ofereça às disciplinas estabelecidas uma bela rede sociotécnica, algumas belas traduções, e as primeiras extrairão os conceitos, arrancando deles todas as raízes que poderiam ligá-los ao social ou à retórica; as segundas irão amputar a dimensão social e política, purificando-a de qualquer objeto; as terceiras, enfim, conservarão o discurso, mas irão purgá-lo de qualquer aderência indevida à realidade e aos jogos de poder” (LATOUR, 1994). 

A noção de “ser” é interessante, pois trata os objetos e os sujeitos como seres animados “vivos”. A “rede sociotécnica” ou a “tradução sociotécnica” são formas de representar esta animação dos “seres” “vivos” conceitos, ações e discursos comporiam um ser da rede ou da tradução que deve ser mapeada. Segundo o autor os críticos do mundo da vida desenvolveram três repertórios que articulados numa “tripartição crítica” podem orientar as possíveis abordagens dos híbridos e suas redes: a naturalização, a socialização e a desconstrução. A natureza dos fatos seria estabelecida, as estratégias de poder previsíveis e não seriam apenas efeitos de sentido projetando a pobre ilusão de uma natureza e de um locutor. (LATOUR, 1997), contribuindo para a excisão entre mundo da vida humana e mundo da vida natural. 

Para isso acontecer fatos, poder e discurso constituem redes que nem são objetivas, nem são sociais, nem são efeitos de discurso sendo ao mesmo tempo reais, coletivas e discursivas. “Será nossa culpa se as redes são ao mesmo tempo reais como a natureza, narradas como o discurso, coletivas como a sociedade?” (LATOUR, 1997) Assim seguir a trama destas redes da diversidade da vida humana e natural no estuário amazônico pode ajudar a romper com a excisão que a tripartição crítica crio. Estas redes como o autor afirma são expatriadas e devem voltar a rever sua nacionalidade e naturalidade. Estas redes ou tramas sociotécnicas serviram para seguir as trajetórias das plantas, espécies, mercadorias e produtos no mundo da vida natural e sua passagem para o mundo da vida humana onde estes sujeitos-objectos se relacionaram com as interdições e tabus que a onipotência das idéias humana cria. 

Devendo se entender o que as leis, o poder, a moral e a comunicação dizem sobre a diversidade do mundo da vida na Amazônia. Seguindo a Latour (1997, p.16) na sua interpretação do que é a modernidade e a modernização vai-se seguir o curso das redes sociotécnicas onde estas se conformam de dois conjuntos de práticas totalmente divergentes que para permanecerem eficazes, devem permanecer distintas. O complicador atual é que estas práticas paulatinamente estão deixando de ser separadas e distintas. Para Latour o primeiro conjunto de praticas cria por “tradução”, ou mediação, misturas entre gêneros de seres completamente novos, híbridos de natureza e humanidade, por exemplo, uma semente modificada geneticamente. O segundo cria por “purificação”, duas zonas ontológicas inteiramente distintas, a dos humanos por um lado, e a dos nãohumanos de outro. Os processos de experimentação, mercadorização, racionalização e escravização são exemplos dessa partição que atingem as esferas do mundo da vida humana e natural. Segundo Latour sem o primeiro conjunto as práticas de purificação seriam supérfluas. Sem o segundo conjunto, o trabalho de tradução seria freado. 

Latour considera o primeiro conjunto formado por redes técnicas e o segundo conjunto por redes críticas. O primeiro conjunto de práticas conectaria em uma malha contínua a biologia molecular, as estratégias científicas e industriais com as preocupações dos chefes deEstado e dos ecologistas; entanto que o segundo separaria o mundo natural de uma sociedade com interesses e dos discursos de referência tanto sociais como naturais. As instituições criadas para realizar este trabalho devem ser estudadas e os sujeitos que as ocupam indagados para identificar estes conjuntos de praticas. Sendo possível desvendar a trama da diversidade do mundo da vida humana e natural na situação da planície amazônica; onde se misturam as não-modernidades com a modernidade das coisas e das pessoas. Estendendo às coisas a democracia que foi constituída para os sujeitos reconstituindo assim a trajetória da modernidade na região. 



Olhando para o futuro
4. PARA ALEM DA MODERNIZAÇÃO: A RE-CONSTITUIÇÃO DO MUNDO DA VIDA


A este processo se lhe da o nome de Re-constituição da/na Modernidade na Amazônia onde os políticos e cientistas serão indagados simetricamente. No caso das constituições políticas do mundo da vida humana, a tarefa caberia aos juristas somente que eles esqueceram de regular o poder cientifico e o poder dos híbridos que a tradução cria. No caso da natureza ou do mundo da vida natural, a responsabilidade seria dos cientistas somente que eles deixaram de regular o poder político e negaram a eficácia dos híbridos ao mesmo tempo que os criavam e multiplicavam. Assim descreveremos os ramos do governo do mundo moderno no estuário e suas trajetórias em especial o governo da natureza e das ciências exatas que é aquele que esta mais ocultado na atualidade pelos processos de purificação.


 Segundo Latour esta comunidade experimental impõe um vocabulário de demarcação que deve ser situado historicamente na sua convencionalização. Para isso deve-se evitar utilizar de forma superficial a língua desses atores nas explicações formuladas neste estudo. É precisamente esta linguagem que permite conceber a política como algo exterior à ciência que se tenta compreender e explicar (LATOUR, 1997, p.21). De todas maneiras esta processo de constituição da modernidade acontece atualmente como algo habitual e convencional diferentemente do momento da sua instalação quando atingiu os moldes de uma revolução cientifica, racionalista e sistemática facilitando sua visualização.  

Devem ser identificadas as “redes simbólicas de domesticidade” que como um “campo humano” atinge a totalidade sem criar uma antinomia entre natureza e  humanidade, ate o ponto onde o campo humano não pode mais se comunicar com o domínio do natural pela ausência de uma linguagem inter-referencial entre os agentes. Esta constituição apresenta-se como representações cientificas e políticas onde “cabe a ciência a representação dos não humanos, mas lhe é proibida qualquer possibilidade de apelo à política; cabe a política a representação dos cidadãos, mas lhe é proibida qualquer relação com os não-humanos  produzidos e mobilizados pela ciência e pela tecnologia” (LATOUR, 1997, p.34). 

A modernidade cria o Estado instancia de representação dos humanos e os Laboratórios e as Sociedades Cientificas, instancias de representação dos não-humanos que no decorrer do tempo foram transformandose ate a situação atual que deve ser mapeada como parte da rede sociotécnica da diversidade do mundo da vida humana e natural. O autor propõe que a Referencia Circulante nas Amostragens pode ser utilizada para compreender relações entre objetos supostamente naturais, como seriam o solo e as arvores da floresta amazônica, com o seres humanos que os indagam e manipulam. Esta pratica cientifica de “acondicionar o mundo em palavras” (p.39) é desvendada por Latour quando faz uma montagem fotofilosofica da pratica cientifica. “Se uma imagem vale mais que mil palavras, um mapa, vale mais que uma floresta inteira. 

Deve-se fazer mapas dos locais onde a interação entre a diversidade do mundo da vida humana e natural se da, onde as espécies da diversidade vegetal interagem com as espécies da diversidade humana, os quintais familiares, os mercados populares, os supermercados, as agroindústria e os laboratório científicos no caso desta pesquisa. Assim podemos identificar a referencia circulante que existe nestes lugares, as praticas que acabam por articular proposições, a cadeia de transformações, a viabilidade de sua circulação. Os deslocamentos que acontecem em espaço, tempo, matéria e energia com as espécies e seus manipuladores nas ordens da verdade, o dever ser, e a representação ou será melhor dizer nos aspectos científicos, políticos e estéticos.


 2 LATOUR, BRUNO (2001). A Esperança de Pandora: ensaios sobre a realidade dos estudos
científicos, Bauru, SP: EDUSC.

C.Torres, 2004 A obra de Bruno Latour a Modernidade e a Modernização no Brasil e na Amazônia
(1)Na epoca 2004. Camilo Torres Sánchez, Biólogo, 34, era  mestre em planejamento do desenvolvimento e doutorando em desenvolvimento agricultura e sociedade Universidade Federal Rural de Rio de JaneiroCPDA/UFRRJ.

domingo, 22 de abril de 2012

ACCORDING TO WORKING PARTY PT SENATOR BULLSHIT THE BRAZILIAN GOVERNMENT MADE IN FOREST CODE OF APPROVAL


Piolin de bobeira em Brasilia



¿HOW CAN THE GOVERNMENT OF SIXTH SAVING THE PLANET BE FRIDAY HANGING OUT?


The forested areas of Brazil covering 70% of the land area of the country, include extensive watershed maize complex and rich in water, energy, strategic minerals, flora, fauna, human population microrganisms and a holder of traditional knowledge they already have much economic return to this national economy.

Now it is at least an insult to intelligence want to say that the government of this country would be doing "silly" in the approval of a fundamental law for the development 70% of the land area of this country. It would be but I must say that the government "roll left".


"He let go" so interesting destruction and helped this project when it delivers the rapporteur to an agent of the PMDB party, which since the 1970s was already the leader process Amazonian deforestation, just remember the sadly famous Jader Barbalho, president of Para PMDB leader of a family characterized by enjoy tax incentives to deforestation SUDAM, and now agents are desired party leaders of corruption associated with the entry of agribusiness in the Amazon.

"He let go" when the wing in environmental chambers lost government support, and had to submeterse the corrupt practices of lobbying to secure resources for its social base, or having to marginarse process the political and the case that without the support of PSOL en set gradually.

Must be very innocent to believe that Jorge Viana PT AC not know who is the responsible of the regression of environmental policy in Brazil, he also is "letting go" because you know it comes from the leadership of the government, Dilma Rouseff is not an environmentalist a technocrat is prepared to do what his bosses told, a welded, as it was the guerrillas and their leaders comes from the time when she was minister of planning, the caucus, agribusiness, infrastructure, industrial, pharmaceutical and finally PETROBRAS .

SEGUNDO SENADOR PETISTA GOVERNO BRASILEIRO FEZ BOBAGEM NA APROVACAO DO CODIGO FLORESTAL


Bobeira em Brasilia DF


¿COMO PODE O GOVERNO DA SEXTA ECONOMIA DO PLANETA ESTAR DE BOBEIRA?


As áreas florestadas do Brasil cobrem 70% da área territorial desse país,  incluém a bácia hidrográfica maís complexa e rica em agua, energía, minerais estratégicos, fauna, flora, mircororganismos e uma populaçao humana detentora de conhecimentos tradicionais que ja deram muito retorno económico a esta economía nacional.

Agora é pelo menos um insulto a inteligencia pretender afirmar que o governo deste país estaría fazendo “bobeira” na aprovacao de uma lei fundamental para o dsenvolvimento do 70% da área territorial deste país. Seria  mas preciso dizer que o governo “Deixou rolar”.


“Deixou rolar” de forma interesada e ajudou a destruiçao deste projeto quando entrega a relatoría dele a um agente do partido PMDB, que desde os anos 1970 ja era o líder do proceso de desmatamento amazónico, basta lembrar do tristemente celebre Jader Barbalho, presidente do PMDB paraense, líder de uma familia caracterizada por usufruir de incentivos fiscais ao desmatamento da SUDAM, e atualmente agentes dese partido sao lideres da corrupcao associada a entrada do agronegocio na Amazonia.

“Deixou rolar” quando a ala ambientalista nas cámaras perdeu apoio do governo, e teve que submeterse as corruptas praticas  de lobismo para conseguir recursos para sua base social, ou, ter que marginarse do proceso político como o caso do PSOL que sem apoio do PT defina aos poucos.

Precisa ser muito inocente para acreditar que Jorge Viana do PT AC nao sabe quem é o responsavel do retrocesso da política ambiental no Brasil, ele tambem esta “deixando rolar”, porque sabe que isso vem da lideranca do governo, Dilma Rousseff nao é uma ambientalista é uma tecnócrata preparada para fazer o que seus chefes mandarem, uma soldada, como o foi na guerrilha,  e seus chefes provem da época em que ela foi ministra de planejamento, a bancada ruralista,  agronegocio, industrias de infraestrutura, farmacéuticas e finalmente a PETROBRAS.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

BRAZIL, THE ECO 92 TO RIO + 20 A "FAILURE OF SUCCESS"

PETROBRAS building in Bogota, Colombia
Twenty years after the Rio Conference 92 on environment and development has positioned Brazil as a leader on this issue, with all its emotional charge, it should be a review of the table frame and guide us.

In a modern setting where everything seemed possible surfing the supposed great Brazilian environmental democracy where everyone would have a place, it is clear that not, the environment and the Amazon, excluded social groups and sustainable development recede before the advance of a new cycle of destruction of the Amazon, increasing the inclusive exclusion created from the Brazilian state social programs that deviate from the key issue of income inequality in that country, Brazil country of employees but not owners, much less true citizens.

 The Brazilian decision to develop a technology for oil exploitation in deep water is legitimizing the worldwide escalation of exploitation of these deposits giving the moribund survival coal gas oil matrix, it looks like for example the question of the Malvinas revives the possibility of Great Britain to explore its continental shelf for oil, finally giving new air to the social political system associated with petroleum activities in the Arctic to the South China Sea countries are fighting the last frontier of resources, to give support to this model sociopolitical and was stillborn, as the two world wars evidenced.

Cheap oil, its use to draw water from deep aquifers, still strong predatory exploitation of the agricultural frontier in Brazil's Mato Grosso, Para and Amazonas, giving life to the profits of food companies that export to China and the rest the world, holding the complex commercial agriculture based on monoculture agricultural goods to feed the large multinational agricultural inputs with herbicides and fertilizers pollute the environment. Not to mention the aggression that GMOs pose to human health and stability of agricultural ecosystems.

This is repeated everywhere in Mexico, the United States, in Africa where cheap oil revives development models that were beginning to be replaced by models related to sustainable development and their socio-political systems, meaning that progress in the democratization of Africa, Mexico and the United States itself, we now know is a restricted democracy, will stop by the return of elites associated with the traditional matrix and the military-industrial complexes in the United States accelerating climate change and disaster .

    
The clock of climate disaster and not for every new oil well that is open, every new road, every new hydro, every single industry that is planted, each forest is burned, only advance when irreversible fatal disaster. Cheap oil is giving the false idea that it is possible to adapt to climate change using coal gas oil matrix as a motor for new infrastructure that would reduce the effects of climate change, but the winds of Katrina, remind the Child this is impossible, at least for 99% of the world population that has no condition to go live on Mars.

If proven causal relationship between increased number and intensity of earthquakes and tsunamis in the oil and water layers increasingly deep in the crust, we would be facing double-apocalyptic scenario.

So clean energy initiatives, organic farming and industrial conversion technologies outside the traditional matrix are losing support all over the world and the intensification of the struggle between countries through strategic resources like oil water and put the world on the path of imminent a global war.

U.S. and Israel are on their way to confront Iran and its allies in a war over access to nuclear power and oil, but also to defend the Western democratic values, in this scenario, Brazil maintains a position where it gets as chameleon champion of the environment by organizing the Rio +20 and accelerates its exploitation of oil, gas tries to give the government of Iran inviting them to meetings and keeping them active international trade, and trying to appear as a full democracy for the rest of the world, with a level ostensible political corruption, Brazil is one of the largest arms manufacturers in the world and pose for all the world leaders for world peace. All this for English see.

It is clear that the U.S. and Latin America can not embark on that kind of political behavior in Colombia would be wrong to try to legalize the drug trade without seeing its destructive effects on the ecological structure, social and democratic politics at home and in countries like the Central America where corruption associated with this activity is destroying young democracies only to feed the anarchy that a mistaken understanding or interest of democracy to create.

BRASIL, DA RIO 92 A RIO + 20, “O FRACASSO DO SUCESSO”

Rio Amazonas, Leticia, Colombia
Divide para vencer


Vinte anos depois da Conferencia de Rio 92 sobre medio ambiente e desenvolvimento que  posiciono  Brasil como um líder neste tema, com toda sua carga emotiva, deve se fazer uma revisão do quadro que enmarca e guía as analises sobre o desenvolvimento regional.

De um marco moderno onde todo parecía possivel navigando na suposta grande democracia ambiental brasilera onde todos  teríam cabida, esta  claro que não  e bem assím, o meio ambiente e a Amazonia, os grupos sociais excluidos e o desenvolvimento sustentavel retrocedem frente ao avanco de um novo ciclo de destruicao da Amazonia,  aumento da exclusao incluinte criada a partir dos programas sociais do estado brasileiro que desvíam se da questao chave da desigualdade do ingresso nesse país, Brasil país de assalariados porem nao de propietarios e muito menos de verdadeiros cidadaos.  

 A decisão brasileira de desenvolver uma tecnología de exploração de petróleo em aguas profundas, esta legitimando a escalada mundial de exploração destas jazidas dándo sobrevida a moribunda matriz petróleo gas carvão, por exemplo, a questão das Malvinas revive pela possibilidade de Grão Bretanha explorar sua plataforma submarina para extrair petróleo, dándo novo ar ao sistema político social associado as atividades  petroleiras, no Ártico ate o mar da China Meridional os países  disputam esa ultima fronteira de recursos, para dar sustentação a esse modelo sociopolítico que ja nasceu morto, como as duas grandes guerras mundiais o evidenciam. 

Petróleo barato, seu uso para extrair agua de aquíferos profundos, mantem vigorosa a exploração predatoria das fronteiras agrícolas do Brasil no Mato Grosso, Para e Amazonas, dándo vida a corrupção local, aos lucros das empresas de alimentos que exportam para China e o resto do mundo, sustentando o complexo da agricultura comercial baseado na monocultura de mercadorias agrícolas que suportam as grandes multinacionales de insumos agrícolas que contaminam con herbicidas e fertilizantes o medio ambiente. Sem esquecer a agressão que os organismos genéticamente modificados significam para a saude humana e a estabilidade dos ecossistemas agrícolas.

Isto replica se pelo mundo, em Mexico, nos Estados Unidos, na Africa onde o petróleo barato revive modelos de desenvolvimento que começavam a ser substituidos por modelos associados ao desenvolvimento sustentavel e seus correspondentes sistemas sociopolíticos, significando que os avances na democratização da Africa, do Mexico e também dos propios Estados Unidos, que agora  sabe se e uma democracia restringida, deteriam se pelo fortalecimento de elites associadas a  matriz tradicional e aos complexos militares industriales nos Estados Unidos e Russia acelerando a mudança climática e o desastre.

    
O relogio do desastre climático não para, e o novo poço petrolero aberto, a nova estrada, a nova hidrelétrica, a monocultura industrial, a floresta queimada, so adiantam a hora funesta do desastre irreversivel.  O petróleo barato esta gerando a falsa ideia de que e posivel adaptarse a mudança climática usando a matriz petróleo gas carvão, como motor da nova infraestrutura que viria a reduzir os efeitos da mudança  climatica, porem os ventos do Katrina, El Niño e a Niña relembram que isto e imposivel, ao menos para o 99% da população mundial que não tem condições de ir  morar a Marte.

Se fosse comprovada a relação causal entre o aumento do numero e intensidade de terremotos e tsunamis com a extração de petróleo e agua em camadas mais  profundas da cortiça terrestre, se estaría frente de um cenario apocalíptico.

Assím as iniciativas de energía limpa, agricultura orgánica e reconversão industrial a tecnologías fora da matriz tradicional estão perdendo apoio no  mundo todo, e o recrudecimento da luta entre países pelos recursos estratégicos como agua e petróleo põem ao mundo na senda iminente de uma guerra global.

Estados Unidos e Israel estão na trilha de enfrentar a Iran e seus aliados numa guerra pelo acesso a energía nuclear e o petróleo, mais também para defender os valores democráticos ocidentais, e nesse cenario, Brasil mantem uma posição camaleónica onde  põe se como defensor do medio ambiente organizando a Rio +20, porem, acelera sua exploração de petróleo,  lhe da sobrevida ao governo de Iran convidandolo a reuniões e mantendo ativo comercio internacional con esse regime, e esforçandose por aparecer como uma democracia plena para o resto do mundo, quando tem um nivel de corrupção política ostensivo, Brasil e um dos maiores fabricantes de armas ligeras do planeta e possam para todo o mundo de lideres pela paz mundial. Todo isto para ingles ver.

Esta claro que Estados Unidos e América Latina não podem embarcarse nesse tipo de comportamento político, mal faria Colombia em legalizar o comercio de drogas sem observar seus efeitos destruidores na estrutura ecológica, social e política democrática, neste país e nos de Centro América, onde a corrupção associada a essa atividade esta destruindo democracias jóvens, so para alimentar a anarquía que uma errada ou interessada comprensão da democracia quer criar.




BRASIL, DE LA RIO 92 A RIO + 20, “EL FRACASO DEL ÉXITO


Cerambicidae sp., Benjamin Constant AM, Brasil


Veinte años después de la Conferencia de Rio sobre medio ambiente y desarrollo que  posiciono a Brasil como un líder en este tema, con toda su carga emotiva, se debe hacer una revisión del cuadro que nos enmarca y guía.

De un marco moderno donde todo parecía posible navegando en la supuesta gran democracia ambiental brasilera donde todos  tendrían cabida, es claro que no es así, el medio ambiente y la Amazonia, los grupos sociales excluidos y el desarrollo sostenible retroceden frente al avance de un nuevo ciclo de destrucción de la Amazonia,  aumento de la exclusión incluyente creada a partir de los programas sociales del estado brasileiro que se desvían de la cuestión clave de la desigualdad del ingreso en ese país, Brasil país de asalariados pero no de propietarios y mucho menos de verdaderos ciudadanos.  

 La decisión brasilera de desarrollar una tecnología de explotación de petróleo en aguas profundas esta legitimando la escalada mundial de explotación de estos yacimientos dándole sobrevida a la moribunda matriz petróleo gas carbón, se ve como por ejemplo la cuestión de las Malvinas revive por la posibilidad de Gran Bretaña explorar su plataforma submarina para extraer petróleo, por fin  dándole nuevo aire al sistema político social asociado a las actividades  petroleras, en el Ártico hasta el mar de la China Meridional los países se disputan esa ultima frontera de recursos, para darle sustentación a ese modelo sociopolítico que ya nació muerto, como las dos grandes guerras mundiales lo evidencian.  

El petróleo barato, su uso para extraer agua de acuíferos profundos, mantiene vigorosa la explotación predadora de las fronteras agrícolas de Brasil en Mato Grosso, Para y Amazonas, dándole vida a los lucros de las empresas de alimentos que exportan para la China y el resto del mundo, sosteniendo el complejo de agricultura comercial basado en la monocultivo de mercancias agrícolas que alimentan a las grandes multinacionales de insumos agrícolas que contaminan con herbicidas y fertilizantes el medio ambiente. Sin mencionar la agresión que los organismos genéticamente modificados significan para la salud humana y la estabilidad de los ecosistemas agrícolas.

Esto se repite por todo el mundo en Mejico, en los Estados Unidos, en Africa donde el petróleo barato revive modelos de desarrollo que estaban comenzando a ser substituidos por modelos asociados al desarrollo sostenible y sus correspondientes sistemas sociopolíticos, significando que los avances en la democratización del Africa, de Mejico y también de los propios Estados Unidos, que ahora se sabe es una democracia restringida, se detendrán por el regreso de elites asociadas a la matriz tradicional y a los complejos militares industriales en los Estados Unidos acelerando el cambio climático y el desastre.

    
El reloj del desastre climático no para y cada nuevo pozo petrolero que es abierto, cada nueva carretera, cada nueva hidroeléctrica, cada monocultivo industrial que es plantado, cada selva que es incendiada, solo adelantan la hora funesta del desastre irreversible.  El petróleo barato esta dando la falsa idea de que es posible adaptarse al cambio climático usando la matriz petróleo gas carbon como motor de nueva infraestructura que vendría a reducir los efectos del cambio de clima, pero los vientos de Katrina , el Niño y la Niña recuerdan que esto es imposible, al menos para el 99% de la población mundial que no tiene condiciones de ir a vivir a Marte.

Si se comprueba la relación causal entre el aumento del numero e intensidad de terremotos y tsunamis con la extracción de petróleo y agua en capas cada vez mas profundas de la corteza terrestre, se estaría frente a un escenario doblemente apocalíptico.

Así las iniciativas de energía limpia, agricultura orgánica y reconversión industrial a tecnologías fuera de la matriz tradicional están perdiendo apoyo en todo el mundo y el recrudecimiento de la lucha entre países por los recursos estratégicos como agua y petróleo ponen al mundo en la senda inminente de una guerra global.

Estados Unidos e Israel están en camino de enfrentar a Iran y sus aliados en una guerra por el acceso a la energía nuclear y el petróleo, pero también para defender los valores democráticos occidentales, en ese escenario Brasil mantiene una posición camaleónica donde  se pone como adalid del medio ambiente organizando la Rio +20 y acelera su explotación de petróleo, intenta darle gas al gobierno de Iran invitandolo a reuniones y manteniendo activo comercio internacional con ellos, e intentando aparecer como una democracia plena para el resto de mundo, con un nivel de corrupción política ostensivo, Brasil es uno de los mayores fabricantes de armas ligeras del planeta y posan para todo el mundo de lideres por la paz mundial. Todo eso para ingles ver.

Esta claro que Estados Unidos y América Latina no pueden embarcarse en ese tipo de comportamiento político, mal haría Colombia en intentar legalizar el comercio de drogas sin ver sus efectos destructivos en la estructura ecológica, social y política democrática en su país y en países como los de Centro América donde la corrupción asociada a esa actividad esta destruyendo democracias jóvenes solo para alimentar la anarquía que una equivocada o interesada comprensión de la democracia quiere crear.